segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

GPS

Não, eu nao virei uma articulista econômica que vai aqui dar sua opinião sobre o Guia de Previdência Social. Eu dedicarei esse ensaio sobre um aparelhinho que se tornou sonho de consumo de muita gente e anda revolucionando o nosso jeito de andar pelo mundo: o tal GPS.
Eu adoro o conforto e rapidez do avião para chegar o destino desejado, mas quando viajo com tempo, eu dispenso programas já fechados de agência e gosto mesmo é de ter um carro a disposição para percorrer com liberdade os caminhos do lugar que vou conhecer. Mas confesso que não sou tão aventureira a ponto de andar a esmo, e não gosto de perder tempo com o que não me interessa muito, por isso o GPS tornou minha experiência de viagem única.
Esse navegador de itinerários é mesmo fantástico: ele planeja suas rotas, calcula distâncias e tempos estimados para se chegar no lugar pretendido, informa sobre radares na estrada (só por curiosidade, claro haha), sabe onde estão todos dos McDonalds da sua rota e tem um viva-voz que dita todas as manobras que deve fazer. E se você tenta ser rebelde e desviar do roteiro sugerido, ele não se aperta, recalcula a sua rota e lhe mostrar a nova direção. São tantas as funções que parece que você tem o mundo na palma da mão.
Numa viagem ao desconhecido - quando você quer SE achar no caminho - ele é muito bem vindo! E por isso eu pensei como seria legal ter um "GPS Relacionator Tabajara" para nos orientar como andar confiante nesse terreno mutante que é o Relacionamento com o Outro.
Imagine só, você pega seu GPS Relacionator e digita a pessoa em questão e ele rapidamente mostra o mapa virtual da personalidade dela! Uau! Siga por aqui, diga isso acolá, aja desse jeito, e se revire de outro para fluir a via da comunicação. E se você fizer uma conversão errada no meio do caminho, não se preocupe! Pois ele recalcula a rota e te diz certinho qual saída mais rápida e eficaz para você não você perder do destino final: o coração do outro. E ele responderia com precisão: sim você chegou !
Falando mais a sério, lendo um livro empresarial chamado Navegador de Mudanças do autor Kurt Hanks, achei uma passagemperfeita para esse ensaio: " Na frente de cada pessoa está um grande mapa através do qual ela vê o mundo. Tudo o que fazemos, como reagimos, e o que vemos é dirigido por esse mapa-guia que criamos com o objetivo de explicar o mundo, nossa posição nele, como ele funciona, e nossas possiveis direções futuras"
Acredito que ler o mapa guia de uma pessoa é para olhos bem treinados. Mas ele seria muito útil nos relacionamentos, pois quando você consegue discernir o mapa de crenças e atitudes de uma pessoa você consegue entender com mais facilidade as razões para o comportamento dela. Cada um cria seu mapa único com as experiências de vida, mesmo que muitas das rotas sejam herdadas prontas de pais, professores e amigos que convivemos. E por isso que a interação com o outro é uma experiência de descobertas, uma viagem de exploração: ela realmente abre novos caminhos dentro de nós.
Com tantas maneiras de se relacionar estou achando dificil achar um GPS Relacionator tão completo. Uma coisa a gente descobre fácil na primeira bifurcação: o GPS (o normal e o inventado) também são imperfeitos. Eles focam o destino final, mas na escolha do caminho mais rápido, algumas ruas indicadas são desnecessárias e inadequadas: e haja paciência para contornar. E além o mais eles precisam de atualização constante: o mundo muda o tempo todo.
O GPS é uma mão na roda nas viagens. E para navegar com segurança no mundo do OUTRO seria ideal. Mas se o viajante tiver uma bagagem extra como flexibilidade, empatia e coração aberto para o novo, acho que a viagem/o relacionar acaba sendo mais empolgante que chegar no destino final.

Um comentário:

  1. um gps para relacionamentos, para facilitar o tratamento interpessoal talvez traria mais malefícios que benefícios, a vantagem de errar é aprender com os erros, por isso erro tanto para tentar ser melhor... rsrsr bjos te amo cada vez maisssss

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Espero que vocês “curtam” o que vai ter por aqui,sem compromisso de gostar ou não, e até mesmo não concordando. E fique a vontade para dar seu comentário. Afinal esse blog tem uma visão muito singular: a experiência de quem escreve.