Tive um fim semana delicioso de cinema&pipoca&namorido. Entrei na sala para assistir o filme O Palhaço com Selton Mello sem muitas expectativas e sai surpreendida e inspirada com a leveza do filme.
O Ministério da Boa Educação Adverte: Se não quiser saber o film do filme, deixe essa leitura para depois.Mas volte!
A história de um palhaço, filho de palhaço, que com sua caravana levava alegria as cidades interioranas nos anos 70. Um palhaço que estava triste, cansado de sua rotina, da sua vida cigana, de não conseguir dormir, de não ter RG e comprovante de residência. E principalmente obcecado por não ter um ventilador.
O que achei de tão especial no filme? O tom melancolico-doce da sua vida circense, o humor que retrata a sua estranha obsessão pelo eletrodoméstico e principalmente a delicadeza de mostrar sua dor. Desiludido e questionando se sua escolha de vida estava errada.
Ele sai do circo, arruma um emprego normal. Ele dorme, faz seus documentos e compra o seu tão desejado ventilador. Ele se reencontra, faz as pazes com a alegria e decide que palhaço é o que ele é. Ele só precisava de um tempo pra si. Precisava de ar.
Quantas vezes nos vemos assim? A rotina nos deixa cansados e cinzas. Falta hora no dia, falta bom humor, nos falta alegria. As vezes pisamos tanto no acelerador que a vida pega no automático.
E achamos que tudo está errado: o casamento, o emprego, a empregada, o nosso cabelo, o clima, a cotação do dólar. Melhor mudar de vida? Melhor mudar de sintonia. Às vezes nada é tão dramático assim. Ao invés de tomar um ansiolítico, primeiro tomar um tempo pra si. Poder der apenas uma questão de sentir as coisas com mais leveza. Sim,eu conheço bem esse problema.
Esse fim de semana eu dormi, vi bons filmes e namorei. Cheguei em casa e coloquei documentos e gavetas em dia, comprei um vestido florido e pintei a unha rosa chiclete. De repente a vida ventilou e voltou a ter mais graça.
Simples assim.
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